Colégio Igléa comemora Dia Internacional da Síndrome de Down

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Maria Clara

Maria Clara Morezzi da Silva – 1ª Série – Tales de Mileto

E assim comemoramos o X Dia Internacional da Síndrome de Down…

O estudante Juscelino Bertoncini, da 1ª série do Ensino Médio, turma Platão, iniciou as atividades tocando violino. Dando continuidade, a diretora Silvia Vilela leu o poema “Sonho de Igualdade” de autoria de Alexandre Spinelli, e explicou sobre a necessidade de dar visibilidade às pessoas com Síndrome de Down, abrindo espaço para que as mesmas se desenvolvam como sujeitos de direitos, e também explicou sobre o tema do X Dia Internacional da Síndrome de Down e o porquê da escolha da data 21/03 que pode ser conferida no texto abaixo nesta mesma matéria.

Em seguida, Ana Laura Maioli leu o poema “A Lua”, dedicado à Maria Clara Morezzi da Silva, de autoria de Izabeli Renata Biazon, todas estudantes mencionados são da 1ª Série, turma Tales de Mileto.

A Lua

Pessoas são como estrelas, as pessoas especiais são como o a lua e o céu é como o mundo. Se as estrelas não quiserem aparecer para ajudar a lua, ela se sentirá sozinha e  assim ficará com medo, pois a noite vai se tornando cada vez mais escura e densa, então ela vai ficando cada vez mais fraca, perdendo seu brilho e se escondendo. Mas se as estrelas aparecerem para ajudar, a noite se tornará cada vez mais CLARA, porque mesmo que o brilho das estrelas seja pequeno, como são muitos, o brilho de todas juntas se tornará ainda maior que a própria noite, e a lua brilhará cada vez mais forte, mostrando a TODOS que com a ajuda das pessoas, ela conquistará seus sonhos e superará suas próprias expectativas para que um dia, ela possa ajudar e fazer parte do verdadeiro mundo em que vivemos.

Ao término da leitura, Maria Clara agradeceu, se apresentou aos novos estudantes e professores do Colégio. Os alunos Matheus Luzio Martins e Gustavo Bernardes da Cruz, da 1ª Série, turma Sócrates, Tayna Samara Ribeiro e Victor Hudson Niquele dos Santos, da 2ª Série, turma Darwin e Luana Sposo Batista, da 8ª Série, turma José de Alencar, cantaram a música “Ser diferente é normal”

Para finalizar foi convidado o professor Valter de Almeida, da Academia Espaço Ritmos Dança Marujo e alguns de seus alunos, incluindo Maria Clara, e deram um show de dança. A plateia foi convidada e participou com alegria do referido show. Após, a diretora agradeceu a todos pela participação, bem como a presença da família da Maria Clara e da Academia Espaço Ritmos Dança Marujo.


O ano de 2015, marca o 10° Aniversário do Dia Internacional da Síndrome de Down. A cada ano a voz das pessoas com síndrome de Down e daqueles que vivem e trabalham com elas é mais forte. A Down Syndrome International encoraja nossos amigos em todo mundo a organizarem eventos e atividades para disseminarem conhecimento científico sobre a síndrome de Down, com o enfoque relacionado na importância da inclusão das pessoas com síndrome de Down nas comunidades onde vivem.

O tema deste ano é “Minhas oportunidades, minhas escolhas – Exercendo direitos plenos e igualitários e o papel das famílias”. As pessoas com síndrome de Down devem exercer seus direitos. Em muitos lugares isso ainda é difícil de ser colocado em prática. Alguns não entendem que elas são em primeiro lugar, pessoas, que podem precisar de apoio, mas devem ser reconhecidas sem discriminação. Essa sempre ocorre com base na deficiência. Empoderando as famílias para reconhecerem a igualdade de seus membros com síndrome de Down é crucial para que elas possam defender a garantia enquanto cidadãos. Assim as famílias estarão aptas a apoiar o empoderamento das pessoas com síndrome de Down para que sejam incluídas na sociedade, expressem suas próprias visões e tomem decisões, conforme acordado na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada no Brasil como norma constitucional.

Por que, 21/3?

A proposta foi feita pela Down Syndrome International, seguindo ideia de Stylianos E. Antonorakis, geneticista da Universidade de Genebra, estudioso do assunto, e foi referendada pela Organização das Nações Unidas, fazendo parte do seu calendário oficial e comemorada por todos os países-membros. A primeira comemoração da data ocorreu em 2006.

O Dia Internacional da Síndrome de Down foi instituído pela Down Syndrome International como o dia 21 de março, com o objetivo de contribuir para conscientização da população e para formar cidadãos com síndrome de Down. A data foi escolhida porque se escreve 21/3, o que faz alusão aos 3 cromossomos número 21 que as pessoas com síndrome de Down têm; e também dar visibilidade à luta pela inserção das pessoas com síndrome de Down na sociedade.

“Temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza”. Boaventura Souza Santos.

 

SONHO DE IGUALDADE
                                                               Alexandre Spinelli 
 

Desculpem, mas tive um sonho

Estava num lugar muito estranho
O que mais chamava a atenção
O que mais tinha de diferente
Era que não havia comemorações como as nossas
Não havia os mesmos feriados

Festas apenas para a natureza
Plantio e colheita
Final e início de ciclos
Dançavam com as estações
Solstícios

Sem dia das mulheres
Sem dia das crianças
Nem mesmo das mães, dos pais
Dos negros, da independência
Nenhum dia do renascimento
Simplesmente nada deste tipo
Todos os dias eram iguais
Mesmo assim, especiais

Da mesma forma, as pessoas
Todas eram iguais
Não falo que eram arianos
Mas eram de uma raça perfeita
O sonho da genética, quem sabe
Todos nasciam iguais, sem defeito
E assim eram

Não havia distinções
Por isso não precisavam comemorar nada
Não havia minorias
Não havia desprezados para serem lembrados num dia do ano

Sim, havia algumas diferenças
Mínimas, sem muita importância
Apenas o suficiente para tornar cada um único
Apenas para identificar e diferenciar um do outro
Nada que lhes desse valor ou mérito

Para todos os efeitos, todos eram iguais
As diferenças eram só externas
Tamanho, sexo, cor, origem, religião, idade
Só detalhes externos
Internamente todos eram iguais
Todos eram humanos.

Desculpem, foi só um sonho.

 

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